O partido Livre

O partido Livre, apesar de em pouco tempo se ter incompatibilidade com a sua única deputada eleita, recuperou como um dos seus pontos eleitorais um dos cavalos de batalha da guineense Joacine Katar Moreira : a promessa da devolução de artefatos e outros bens culturais das ex-colônias, que se encontram em museus nacionais.
Para o Livre e as Joacines deste país, todos os bens culturais africanos que se encontram em Portugal foram saqueados às ex-colônias e por isso devem ser devolvidos, o que não é verdade. A maioria deles foram adquiridas legalmente, e portanto os descendentes de quem as vendeu não têm o direito de as reclamar agora. E depois não tenho dúvidas de que as obras de arte que vierem a ser devolvidas, ou grande parte delas, as mais valiosas, não vão fazer parte dos Museus e Institutos dos países africanos de língua portuguesa, mas conhecendo os corruptos dirigentes africanos dos PALOP's e de toda a África negra por extensão, não tardariam muito  a desaparecer, a troco de uma boa verba é claro, em anônimas coleções privadas, de endinheirados ocidentais ou do Médio Oriente. 
Mas o que me faz mais confusão nesta proposta do Livre, e noutros partidos que alinham pelo mesmo diapasão, é eles partirem do princípio que Portugal tem de devolver mesmo aquilo que foi adquirido de forma legal, enquanto os ladrões africanos que hoje governam a antiga África portuguesa e que tanto esgubalharam os portugueses que por aquelas paragens passaram e tanto deram às nossas ex-provincias, nada têm de nos ressarcir.
Para não ir mais longe em 1976, quando a família da minha mulher teve de abandonar Moçambique, aos 15 anos de idade, nem uma coleção de selos e uma outra de moedas, adquiridas à sua custa, pode trazer de volta. Isto para não falar da casa onde viviam, que lá ficou sem qualquer indenização, confiscada pelos criminosos da FRELIMO, provavelmente para albergar os esbirros do partido. E como ela, muitas outras famílias de retornados têm histórias semelhantes a contar. E para estas famílias portuguesas não vejo nenhum partido ou dirigente político levantar a voz em suas defesas, como se fosse mais importantes reclamar por eventuais esbulhos aos africanos que só existem nas suas cabeças, do que defenderem os interesses, e as propriedades, dos portugueses, miseravelmente roubados aquando do processo que alguns chamam de descolonização, mas mais não foi do que uma vergonhosa debandada geral.
Os partidos como o Livre, ao assinarem propostas destas, deviam ter vergonha de concorrer a um ato eleitoral no nosso  País, e ao invés deviam candidatarem-se às eleições de Angola ou Moçambique. E o mesmo digo dos portugueses que votam neles. É que apesar de já termos saído de África há quatro décadas, nem por isso ela deixou de continuar a estar a saque e com muito mais intensidade do que na época colonial. Ao que parece, só os esquerdistas e os politicamente corretos é que ainda não deram conta disto.

Publicado por: Fredererico Eng. Téc.

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